Este é um diário de uma beesha alucinada, cheia de aventuras insanas e pensamentos desconexos, à base de remédio controlado e de porradas que a vida dá na cara!

Wednesday, August 15, 2007

Dia dos Solteiros

Hoje, 15/08, é o DIA DOS SOLTEIROS!

Muita gente pode estar se perguntando o que há pra se comemorar hoje, já que o poetinha insistiu em afirmar que "é impossível ser feliz sozinho".

Ora bolas! Há muito o que se comemorar!
A começar pela mudança de mentalidade que transforma em pó a proposição acima.
Somos todos levados a pensar que somos incompletos, que precisamos de uma cara-metade, uma alma gêmea.

Desse modo, desde pequenos, somos levados a acreditar que nossa felicidade depende quase 100% de encontrarmos alguém pra amar. E amar no sentido romântico da coisa. Por mais mudanças que experimentemos nos últimos anos, ainda somos regidos pelo velho paradigma da família nuclear, composta por filhinhos e um papai muito bem casado com uma mamãe. Com a idéia de que casamento, mesmo se mostrando uma instituição meio que falida, é algo duradouro. De que a vida tem que ser romântica, cheia de pétalas de rosas e de dias ensolarados e coloridos, tão somente porque temos um relacionamento afetivo romântico relativamente estável com uma outra pessoa.

Ou seja, desde pequenos, somos levados a acreditar que só podemos ser completos se tivermos outra pessoa ao nosso lado. Isso pode ser visto em diversas músicas e poemas, que nos dizem que "com você meu mundo ficaria completo", ou que "ter você é meu desejo de viver", afirmam que "vivo por ela", ou declaram que "sou menino e o teu amor é o que me faz crescer", ou ainda, como citei no começo do texto, que "é impossível ser feliz sozinho".

Longe de mim querer soar anti-romântico. Acho que o romantismo é algo muito legal, sobretudo se for usado pra conquistar alguém que se ama, pra (re)acender o amor entre duas pessoas. Mas, ainda assim, o romantismo dve ser moderado, e não um norteador da vida de cada um.

Com isso, acredito que temos que nos livrar dessa idéia maluca de dependência. A mundaça de mentalidade consiste em entender que não somos incompletos, que não precisamos fazer nossa felicidade depender de outra(s) pessoa(s). Nós somos senhores de nosso destino, de nossos sentimentos e, sobretudo, de nossa própria felicidade. É tudo uma questão de saber encontrar boas lições mesmo na adversidade!

É claro que, mesmo se quebrando o paradigma da cara-metade, a gent tem que saber reconhecer que amar alguém e ser correspondido e seguir num relacionamento a dois é algo que pode ser buscado, algo que possibilita você estar feliz. Mas temos que entender também que não é a única maneira de se atingir felicidade e realização.

Temos, sobretudo, que compreender que nossa felicidade depende de nós. Os outros não nos completam. A participação de outras pessoas em nossas vidas preenche lacunas, vazios, ausências, necessidades, mas nunca deve ser encarada como condição essencial e/ou primordial para a conquista da felicidade.

Até porque, todos nós conhecemos muitas pessoas por aí que estão meramente empurrando seus relacionamentos com a barriga. Pessoas que não encontram felicidade em seus casamentos, namoros, casos, rolos etc. Pessoas que se submetem a relações falidas por medo de ficarem sozinhas, ou pelo conforto de 'ter alguém', ou ainda pela comodidade de estar num relacionamento romântico. Ou tão somente pelo sexo...

Já dizia vovó (e eu assino embaixo): "antes só do que mal-acompanhado"!
Sei que é difícil abrir mão de certas convicções.
Sei que é difícil abrir mão de certas acomodações.
Mas ser difícil não significa que é impossível.
E muito menos que vai ser ruim (mesmo que a gente sinta assim).

E pro poetinha, eu rebato com a letra de outra música, da moça do vestido estampado, que afirma categoricamente que "ficar sozinho é pra quem tem coragem"! E eu tenho coragem de ficar sozinho, pois sei que só de mim depende minha felicidade!

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