Este é um diário de uma beesha alucinada, cheia de aventuras insanas e pensamentos desconexos, à base de remédio controlado e de porradas que a vida dá na cara!

Friday, November 02, 2007

Jurado pra morrer de amor

Eu sempre tive uma pré-disposição ao drama.
Desde pequen, sempre manifestei um comportamento mais artístico.
Gostava de atuar, de cantar e, com o tempo, aprendo a fazer drama.

Meu primeiro amor foi muito sofrido. Eu não era correspondido - e nunca fui, nesses anos todos de vida - e isso me causava um sofrimento tão grande e tão inaceitável que eu, em minhas orações, pedia a Deus pra dormir e não acordar no dia seguinte. E olha que eu tinha só 11 anos!

A vida dura, fora de casa desde os 15 anos, me ensinou a criar uma boa carapaça e deixar o drama de lado em muitas situações. Mas, com o roacutan, foi diferente. E me senti a própria drama queen, passando por situações ridículas.

A ocasião em que me senti mais patético foi há cerca de 1 ano, pouco menos que isso.
Eu havia me apaixonado perdidamente por uma criatura muito fofa, que hoje chamo de Pintosa Chatinha. A Pintosa Chatinha era fisicamente bonitinha, meio que se encaixando no tipo físico de homem que eu acho beeeeeeeeeeeem legal. Era um cara de aparência normal, rosto bonito, bom papo, muita simpatia e uma estranha atitude de se comportar como se me quisesse, mas não querendo de verdade. Gamei, né?

E, com a exacerbação do roacutan, tudo o que ele fazia era lindo.
Mas tudo que ele não fazia, era desastroso, deprimente e me causava muito sofrimento, dor e angústia.

Daí que, num certo dia - o tal dia de 1 ano atrás, da situação patética - eu havia acabado de chegar em casa, exausto dos 1500 metros que nadei em 40 minutos. Fui tomar um banho gostoso e relaxante, pra retirar de meu corpo os resíduos de cloro.

Já no banho, cheio de sabçao e xampu em minha pessoa, lembrei dele. Do rosto dele, do sorrisinho besta, do cabelo sedoso, do narigão que eu tanto achava atrante. Comecei a imaginar em minha mente apaixonada - e intoxicada de roacutan - as mais diversas cenas de nós dois juntos, como um casal apaixonado de namorados, andando de mãos dadas, dançando juntos, nos beijando, nos tocando e acariciando, fazendo amor em vários lugares. Delírios tão vivos que me fizeram suspirar apaixonado. E tão apaixonado que comecei a me desesperar em não ter aquilo tudo que eu imanginava.

Eu fiquei tão devastado com a perspectiva de nunca ter aquilo que eu estava querendo e imaginando para nós, e coma auot-estima tão baixa - afinal, o que um homem tão foderoso iria fazer comigo: gordo, pobre, meio pintosa, de gênio forte e feio? - que comecei a chorar...

... e não foi um chorinho a toa, não. Foi um choro digno desses romances que vendem em bancas de jornal. Foi um choro cheio de dor, de angústia, de tristeza profunda, de soluçar alto e não ter forças nem pra ficar em pé!

Pois é... era mesmo ridículo: eu pelado, cheio de espuma, sentado no chão do box, chorando doloridamente, com a água quente do chuveiro caindo em minhas costas. Nem sei quanto tempo fiquei nesses estado deplorável. Só lembro que levantei me sentindo a mais ridícula das criaturas que já amou nessa vida e, depois de seco e vestido, ainda saí do banheiro rindo horrores de mim mesmo.

O mais brilhante de tudo é que, hoje em dia, a Pintosa Chatinha é, para mim, um garande monte de nada, desses que a gente olha e se pergunta 'o que foi que eu vi nessa,criatura dos infernos abissais' e que você ri de si mesmo quando lembra do seu sofrimento e luta pra conquista essa pessoa!

(contar da vez que chorei no banheiro por causa da Pintosa Chatinha)

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