Este é um diário de uma beesha alucinada, cheia de aventuras insanas e pensamentos desconexos, à base de remédio controlado e de porradas que a vida dá na cara!

Wednesday, November 21, 2007

intermitências da morte

É muito duro ter que encarar a morte.
Não que ela me assuste, só não me sinto pronto pra morrer agora.
Acho que já comentei que oque me assusta sobre a morte não é o ato de fenecer, mas sim o modo.
Mortes longas, dolorosas, sofridas me assustam.

Mas eu fico pensando como é que se sente uma pessoa que sabe que vai morrer a qualquer momento.
Tá, qualquer um de nós pode morrer a qualquer momento, pois pra morrer basta estar vivo.
Mas existe um número de pessoas que já têm sua 'sentença de morte' assinada.
Não são necessariamente os prisioneiros no corredor da morte, mas sim aquelas pessoas com doenças incuráveis, em estado avançado, que me tocam o coração.

Eu estive cara a cara com a idéia de morte quando eu médico suspeitou que eu pudesse ter um câncer. Após dois meses de penoso tratamento, passei dois longos e exaustivos meses tentando não me preocupar com esse prognóstico e afim de viver a minha vida.

Hoje, 6 meses depois do fim do martírio - bateria de exames inconclusivos, cirurgia exploratória, um testículo a menos e uma certeza positiva de que não era câncer - eu vivo a vida com mais intensidade do que já vivia.

Acho que, embora tenhamos essa certeza latente de que PODEMOS morrer a qualquer momento, a gente vive (e deve viver) como se isso não fosse acontecer.
E é isso que nos impele sempre pra frente. quando a gente já não tem mais perspectivas de vida, isso sim já significa estar morto...

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