Este é um diário de uma beesha alucinada, cheia de aventuras insanas e pensamentos desconexos, à base de remédio controlado e de porradas que a vida dá na cara!

Saturday, September 08, 2012

Inferno astral

Eu não acredito em horóscopo.
Acho muito ilusório acreditar que planetas e estrelas orbitando lá em cima tenham alguma influência sobre quem eu sou ou sobre o que acontece na minha vida.
Tudo bem que fé e crença estão bem longe do terreno da racionalidade - afinal, também parece meio surreal acreditar num super-homem que anda sobre as águas, multiplica pães e peixes e traz mortos à vida...
Ou mesmo em algum tipo de força cósmica, entidade ou ser superior cuja lógica está por trás de toda a nossa existência.
Só sei que não acredito em horóscopo.
Porém, analisando algumas coisas que me aconteceram, começo a acreditar em inferno astral.
Se olho pro ano passado, então, acredito no pior tipo de inferno astral que existe: aquele que se aproxima como benção, como dádiva, como coisa boa, só pra te foder no fim das contas.
Aquele que te faz querer acreditar que tudo pode ser bom, belo ou ao menos diferente  do usual... e que, depois, explode tudo na sua cara.
Aquele que te encanta e, quando você acredita que tudo será mais bonito, te rouba toda a magia.
Esse foi meu inferno astral do ano passado: conheci um cara fantástico, com quem tive um tipo de contato, encanto e intimidade que nunca experimentei na vida... uma pessoa que me fez acreditar que eu era especial, que eu merecia o melhor, que me olhava com desejo e admiração... uma pessoa que, quando eu finalmente me dispus a viver a plenitude de um relacionamento por me saber merecedor, simplesmente me disse não.
Me roubou o ar, os sonhos, a magia, a felicidade.
Tomou com ferocidade tudo aquilo que ela me permitiu construir.
Se isso não é inferno astral, não tenho melhor expressão pra definir o que é...