Este é um diário de uma beesha alucinada, cheia de aventuras insanas e pensamentos desconexos, à base de remédio controlado e de porradas que a vida dá na cara!

Friday, January 25, 2008

Distância

Minha intuição de vez em quando resolve funcionar.
E quando resolve funcionar, ela me perturba...

Como diz Gretchen Mi, "é a mulé que tá te avisando das coisas".
E é fato que, de vez em quando, ela avisa mesmo.

Não vejo M.L. desde a festinha natalina em minha casa.
Temos nos falado por telefone, mas agora, tenho reparado mesmo que ele não tem me procurado.
Na verdade, só eu tenho ligado pra ele.

Nos falamos no Natal, eu liguei de Cabo Frio.
Ele estava triste, porque tinha brigado com a mãe (e eles têm um relacionamento péssimo, sobretudo desde que ele se assumiu pra ela) em plena véspera de Natal.
Não conversamos muito, apenas o acalmei, tentei alegrá-lo um pouco e disse que estaria de volta ao Rio no dia 26/12.

Desde que voltei, tentei sistematicamente encontrá-lo, mas nunca dava.
E entendi que, além do movimento pesado na loja onde ele trabalha (por causa das 'trocas' de presentes de Natal), ele queria um momento pra si, não queria jogar em cima de mim uma carga negativa que ele estava carregando.

Daí, ele me disse que iria para Iguaba, ficar na casa de um casal de amigos, com uma galera, pra passar o Ano Novo em Cabo Frio. Eu fiquei todo animado, pois estaria lá no Agreste de 31/12/07 a 07/01/08. Praticamente uma semana com chances de encontrar meu queridinho.

Cheguei em Cabo Frio e não consegui falar com ele.
Só nos falamos às 22h30. Eu estava no aniversário da irmã de Rebecca Holiday, dendo rumaria com o bando pra praia, no intuito de ver a queima de fogos. Falei com M.L. onde estaria e, se quisesse me encontrar lá, beleza. Senão, eu poderia ir ao encontro dele, antes ou depois da queima de fogos... Ele só me ligou às 2h da manhã, pra dizer que estava voltando pra Iguaba.

Marquei, então, de encontrá-lo em Iguaba no dia 02/01, passar o dia lá.
Ele ligou no dia 01/01, à noite, pra desmarcar, pois iria voltar pro Rio antes do esperado...
Eu fiquei puto, mas não comentei nada.

Desde que voltei pro Rio, temos nos falado, mas não conseguimos agendar um único encontro!
No primeiro fim de semana que passei aqui, admito que foi minha culpa... tava a fim de sair, bater cabelo, rir com meus amigos.

No outro fim de semana, ele não me dava certeza de nada porque não sabe ainda se vai ou não pro Cabofolia. Obviamente que não iria obrigá-lo, nem fazer chantagem emocional, pedindo pra ele não ir, pra ficar no Rio comigo... Mas que eu queria, eu queria. Acabou que ele foi

Nos falamos ainda há pouco, por telefone.
Chamei para ir no Boy Bar comigo, aproveitar um barzinho e um videokê, pra ele dormir na minha casa... mas ele disse que não, pois tinha que acordar cedo no dia seguinte e que ainda tava meio mal...

Mas essa história toda está me incomodando.
Eu sei que não somos propriamente namorados, mas eu tava crendo que nós dois estamos (ou estávamos?) construindo uma história juntos.
Se ele está mal, com problemas, porque não me deixa participar disso, oferecer meu apoio, meu carinho, meu ombro amigo (e meu corpo todo, para ele se fartar, desestressar)?

Eu tô deixando o barco correr, mas a 'mulé' não pára de me gritar que a coisa não está boa.
E, francamente, eu estou começando a cansar um pouco de só eu tomar a iniciativa de procurá-lo.

Acho que vou dar um gelinho em M.L., pra ver se ele me liga...

Wednesday, January 23, 2008

Boca de lata

Eu tava achando que ia ser tranqüilo passar o Natal só com os brackets, mas tudo agarra nessas bodegas.
Tinha horas que eu tinha a impressão de que havia, por exemplo, um peru inteiro agarrado no meu dente!
Além disso, passei um dia inteiro falando embolado por causa do aparelho, mas logo acostumei.
Meu aparelho fonador é FODA!
Talvez eu tenha me adaptado fácil porque sou um boqueteiro de primeira...

O pior, na verdade, foi acostumar a boca à sua nova 'anatomia', cheia de ferros.
Machuquei muito a face interna das bochecas e a língua, com mordidas ocasionais.
Em compensação, nenhuma afta!

Embora eu tenha ficado com medo de machucar o M.L., foi até fácil fazer sexo oral.
Ele, inclusive, me deu umas dicas boas - ele também usa aparelho!

Agora, estou com o aparelho ortodôntico completo!
Coloquei os arames logo após o Natal, pra poder virar o ano com a sensação de 'dever cumprido' em sua totalidade!

Todo mundo sempre me aterrorizou com essa história de aparelho.
Me diziam que doía quando colocava, que doía quando apertava.
A esposa do meu tio, por exemplo, toda vez que apertava o aparelho acabava tendo febre.
Alguns amigos tomavam analgésicos fortíssimos para passar a dor.
Uma amiga passava o dia inteiro sem comer, porque a mastigação lhe doía toda a boca!

Assim, fiquei meio na expectativa da dor.
Mas tudo ocorreu tão tranqüilamente que nem acreditei!
Não nego que é incômodo: no começo, você sente uma pressão absurda na sua boca, que parece que vai arrancar seus dentes da gengiva. Mas acostumei logo! E todas as (duas) vezes em que fui apertar o aparelho, não senti nada, além dessa pressão.
Só da última é que senti os dentes meio doloridos na hora - e quando fui almoçar - mas nada que fosse muito ruim ou desconfortável.
Passou logo!

O meu grande incômodo, na verdade, é a questão da higiene.
Porque tudo o que eu como acaba grudado/agarrado/preso/colado/
fundido com o aparelho!

Não dá pra comer milho na espiga, nem pra morder maçã inteira.
Folhas, ficam todas presas...
Comer couve, por exemplo, é um martírio: ela enrola no arame do aparelho, pra tirar é um inferno!

Mas, fora isso, tá tudo tranqüilo.
Tão tranqüilo que ando esquematizando o início da fase três do meu plano...