Este é um diário de uma beesha alucinada, cheia de aventuras insanas e pensamentos desconexos, à base de remédio controlado e de porradas que a vida dá na cara!

Thursday, August 30, 2007

A morte lhe cai bem

Nesta terça, fiquei sabendo que um rapazinho legal faleceu.
Era jovem, não tinha nem 30 anos.
Um profissional criativo e talentoso, cujo trabalho me agradava.
Pessoalmente, achava-o também atraente...

... e, de repente, PUF!
Morreu.

Acho muito engraçado como tudo pode acabar tão de repente.
A nossa vida é realmente algo muito frágil.

Vovó sempre me dizia que, pra morrer, basta estar vivo.
Mas essas notícias ainda me chocam e muito!
Porque não deve ter nem 3 meses que vi esse menino numa boate.
Lembro até a roupa dele, os olhares que trocamos.
E, agora, algo que nem começou já se acaba, sem uma mínima possibilidade perante a inexorável presença da morte.

Foi leucemia.
Dizem que ele nem sabia da doença.
Só quando começou uma infecção brava, que não cedia nunca, é que se descobriu o câncer.
Mas já era tarde, e o rapazinho se foi.

É triste, mas nessa vida que vivemos, a morte é nossa única certeza!
Não sabemos se existe Deus, caos, ordem, amor... nem podemos garantir nossa existência, porque nossa vida é apenas uma percepção, algo relativo captado de um outro algo muito maior... mas a única certeza que temos é a de que, em algum dia, iremos morrer! Todos nós, sem exceções!

O que é a morte?
Não se sabe ao certo.
A resposta é, novamente, relativa.
Só se sabe que é o fim desse nosso tipo de experiência na Terra.

Ando pensando muito na morte, nesse agosto de 2007, porque ela anda me rodeando.
Não que eu tenha paranóias e ache que vá morrer assim que acabar de digitar este post!
Ou daqui a 5 minutos! Ou ainda enquanto ninguêm lê esse diário nada cotidiano!

Mas a morte tem mandado notícias e lembranças.
Relembrei nesse mês de muitos parentes queridos que já partiram.
Fora isso, têm chegado diversas notícias de falecimento de várias pessoas do meu trabalho (alguns aposentados, inclusive), normalmente de causas naturais.
Uma amiga querida perdeu uma prima num acidente de carro.
Meus amigos do Agreste ficaram órfãos desse amigo que eu, um dia, desejei na boate.
Muitas pessoas morreram e se feriram num master acidente de trens aqui no Rio de Janeiro.

Espero que esse último dia de agosto seja, de fato, o último dia da urucubaca.
E que venha setembro, com suas flores e doçuras!
Ando necessitado mesmo de perfumes, cores, belezas e texturas!

Wednesday, August 15, 2007

Dia dos Solteiros

Hoje, 15/08, é o DIA DOS SOLTEIROS!

Muita gente pode estar se perguntando o que há pra se comemorar hoje, já que o poetinha insistiu em afirmar que "é impossível ser feliz sozinho".

Ora bolas! Há muito o que se comemorar!
A começar pela mudança de mentalidade que transforma em pó a proposição acima.
Somos todos levados a pensar que somos incompletos, que precisamos de uma cara-metade, uma alma gêmea.

Desse modo, desde pequenos, somos levados a acreditar que nossa felicidade depende quase 100% de encontrarmos alguém pra amar. E amar no sentido romântico da coisa. Por mais mudanças que experimentemos nos últimos anos, ainda somos regidos pelo velho paradigma da família nuclear, composta por filhinhos e um papai muito bem casado com uma mamãe. Com a idéia de que casamento, mesmo se mostrando uma instituição meio que falida, é algo duradouro. De que a vida tem que ser romântica, cheia de pétalas de rosas e de dias ensolarados e coloridos, tão somente porque temos um relacionamento afetivo romântico relativamente estável com uma outra pessoa.

Ou seja, desde pequenos, somos levados a acreditar que só podemos ser completos se tivermos outra pessoa ao nosso lado. Isso pode ser visto em diversas músicas e poemas, que nos dizem que "com você meu mundo ficaria completo", ou que "ter você é meu desejo de viver", afirmam que "vivo por ela", ou declaram que "sou menino e o teu amor é o que me faz crescer", ou ainda, como citei no começo do texto, que "é impossível ser feliz sozinho".

Longe de mim querer soar anti-romântico. Acho que o romantismo é algo muito legal, sobretudo se for usado pra conquistar alguém que se ama, pra (re)acender o amor entre duas pessoas. Mas, ainda assim, o romantismo dve ser moderado, e não um norteador da vida de cada um.

Com isso, acredito que temos que nos livrar dessa idéia maluca de dependência. A mundaça de mentalidade consiste em entender que não somos incompletos, que não precisamos fazer nossa felicidade depender de outra(s) pessoa(s). Nós somos senhores de nosso destino, de nossos sentimentos e, sobretudo, de nossa própria felicidade. É tudo uma questão de saber encontrar boas lições mesmo na adversidade!

É claro que, mesmo se quebrando o paradigma da cara-metade, a gent tem que saber reconhecer que amar alguém e ser correspondido e seguir num relacionamento a dois é algo que pode ser buscado, algo que possibilita você estar feliz. Mas temos que entender também que não é a única maneira de se atingir felicidade e realização.

Temos, sobretudo, que compreender que nossa felicidade depende de nós. Os outros não nos completam. A participação de outras pessoas em nossas vidas preenche lacunas, vazios, ausências, necessidades, mas nunca deve ser encarada como condição essencial e/ou primordial para a conquista da felicidade.

Até porque, todos nós conhecemos muitas pessoas por aí que estão meramente empurrando seus relacionamentos com a barriga. Pessoas que não encontram felicidade em seus casamentos, namoros, casos, rolos etc. Pessoas que se submetem a relações falidas por medo de ficarem sozinhas, ou pelo conforto de 'ter alguém', ou ainda pela comodidade de estar num relacionamento romântico. Ou tão somente pelo sexo...

Já dizia vovó (e eu assino embaixo): "antes só do que mal-acompanhado"!
Sei que é difícil abrir mão de certas convicções.
Sei que é difícil abrir mão de certas acomodações.
Mas ser difícil não significa que é impossível.
E muito menos que vai ser ruim (mesmo que a gente sinta assim).

E pro poetinha, eu rebato com a letra de outra música, da moça do vestido estampado, que afirma categoricamente que "ficar sozinho é pra quem tem coragem"! E eu tenho coragem de ficar sozinho, pois sei que só de mim depende minha felicidade!