Este é um diário de uma beesha alucinada, cheia de aventuras insanas e pensamentos desconexos, à base de remédio controlado e de porradas que a vida dá na cara!

Saturday, December 22, 2007

Enchantment

" Don't know how I fell under his spell
Lately I've been driven
he smiles, an enchantment"
(corinne bailey rae)


Não contei antes, mas estou 'namorando'.
Assim, com as aspas mesmo!
É que ainda não é um namoro propriamente dito, nenhum compromisso foi assumido.
Mas esse carinha é um sonho, quase que um presente de Natal antecipado!

M.L é bem gatinho. Moreno-jambo, cerca de 1,80, com peso proporcional, corpo normal.
Adoro o modo como ele se veste, de maneira bem jovial, descolada.
Acho até que se ele colocar pano de saco vai ficar bem.
Ele não é propriamente bonito, mas me encantou quando finalmente nos conhecemos.

Pouco antes de eu viajar pra Floripa, nos conhecemos através de um site de pegação.
Começamos a conversar por msn e, logo em seguida, trocamos telefones.

A princípio, pelas fotos, nem achei ele nada demais. Não me empolguei muito, admito.
Mas fomos conversando bastante e ele foi me conquistando.

O que achei mais legal foi a atenção que ele dispensou a mim. Me ligava quase todo dia, ficávamos conversando sobre muitas coisas.
Até quando eu estava em Floripa, ele me ligava, pra saber como estava a viagem etc.

Assim, quando voltei, minha primeira providência foi marcar um encontro.
Voltei do Agreste mais cedo no domingo, só para encontrá-lo, num bar que ele escolheu, na Lapa.
Quando cheguei, ele abriu um sorriso enorme e eu derreti, porque ele era melhor pessoalmente do que por foto.
E ficamos conversando por horas a fio.
Eu estava morrendo de vontade de beijá-lo, mas tava segurando a onda.

Saímos do bar, fomos passear pela Lapa, aquela tensão nos corroendo - embora o papo estivesse muito agradável.
Por fim, na hora de ir embora, estávamos nos despedindo em frente ao Circo Voador e, sem cerimônias, sem se importar com as pessoas passando na rua, ele me abraçou e me deu um longo beijo na boca.
Ali, ele me ganhou!

Marcamos um pequeno encontro durante a semana, também na Lapa.
Fomos ao Sal&Pimenta, um barzinho gay fuleiro, mas que nos permitiria ficar juntinhos, né?
E ainda cantei no videokê!!

No terceiro encontro, fui com ele numa pizzaria da Lapa, onde conheci um casal (gay) de amigos dele.
De lá, fomos todos pra casa dos amigos dele.
O amigos foram dormir e nós ficamos lá, sozinhos na sala.
E o tesão falou mais alto: nos agarramos ali mesmo, ficamos nus e nos chupamos mutuamente.

Daí, segurei um pouco a marcação do próximo encontro, porque eu sabia que a gente ia acabar transando e eu tinha que me preparar muito.
É que, no dia que nos chupamos, fiquei muito espantado com o tamanho do pau do M.L.!
Sério, era grande, tipo 20cm.
Mas isso dava pra tirar de letra: o que me assustou foi a grossura!
Minha mão quase não fechava em torno do pau dele!
Uma neca bem farta!
Admito, tive medo.

Mas marcamos.
Fomos ao cinema, voltamos pra minha casa e, na minha cama, nos amamos loucamente!
Acho que ele devia estar mesmo há muito tempo sem transar, porque o fiz gozar por três vezes!
E foi legal que rolou mesmo uma conexão entre nós.
Não foi uma coisa meramente animal, de trepar.
Foi amor o que fizemos, com carinho e fúria, olhos nos olhos, gemidos e palavras ao pé do ouvido...
Depois disso, ficamos deitados, nus, abraçados, até ele adormecer - porque o doente aqui não consegue dormir abraçado...

E temos nos visto com freqüência, nos últimos dias.
E temos feito amor!
E eu tô adorando essa fase da minha vida!

Ontem, fizemos uma festinha de Natal aqui no Rio, só o pessoal da minha casa e alguns amigos.
E ele foi na festa!
E eu amei que ele veio, mesmo sem conhecer ninguém.
Foi tão gostoso estar em casa, com amigos e com esse 'alguém especial'.

E, é claro, fomos dormir.
Fizemos amor gostoso e, dessa vez, pra inovar, eu fui o ativo!
Já tinha dado alguns beijos gregos no M.L., mas penetrá-lo foi uma delícia...
Ele não costuma ser passivo, tem um koo apertadinho...
Bombei tão gostoso que até gozei dentro (de camisinha, é claro)!
E, novamente, ficamos abraçados e nus, até ele dormir...

A vontade que eu tinha era de não sair nunca daquele abraço...

Tuesday, December 11, 2007

Brackets

Agora que estou livre das espinhas, comecei a fase 2 do processo de engostosamento: APARELHO ORTODÔNTICO.

Eu sempre tive um sorriso bonito.
Desde criança, chamava a atenção, pois tenho lábios fartos, dentes bonitos e essa conjunto forma um sorriso harmonioso.
Os meus problemas começaram depois que meus incisivos permanentes começaram a nascer.
Eles vieram quebrados e sem esmalte.
Tive que amargar dois anos com os dedos feios até poder fazer uma restauração.

Aos 12 anos, meus sisos começaram a nascer.
Foi um processo lento e indolor.
Tão lento e indolor que eu só fui perceber quando meus dentes já estavam bem tortos.
De família pobre, nunca tive condições de botar um aparelho.

Não me envergonhava de meu sorriso, mesmo com os dentes inferiores meio apinhados por causa dos sisos.
Mas confesso que não gostava muito.
Sempre acalentei o sonho de consertar os dentes, acreditando que isso também contribuiria para uma melhora da estética facial.

Na faculdade, uma de minhas melhores amigas - que hoje mora em Floripa - conseguiu uma vaga pra mim na clínica dentária da faculdade dela, onde os alunos praticavam com 'cobaias vivas'.
Nem pensei duas vezes e topei.
Lá, não só arranquei todos os malditos sisos (quase sem danos ou percalços) como ainda troquei as restaurações dos meus incisivos, que tinha desde os meus 10 anos de idade.

Pra piorar a situação, desde a minha adolescência eu tinha um dente problemático.
Tomei uma bolada no rosto, quando era goleiro, que me fez perder o 1º pré-molar (ao menos era de leite) e me fraturou o 2º pré-molar (este já era permanente).
Tratei esse dente da maneira que pude, já que minha família não tinha dinheiro pra fazer um bom tratamento dentário periódico.
Há cerca de dois meses, pouco depois do meu aniversário, o dente caiu sozinho...
Eu me senti a própria Amy Winehouse, com um sorriso sem dente.
Tá certo que ele nem aparecia muito, mas fiquei meio encucado com isso.

Agora, consegui organizar minhas finanças e estou pagando um dentista.
Por ser primo de uma amiga, ele está me cobrando mais barato pelos serviços e consultas.
Tá certo que, só de exames, fotos e radiografias que ele me pediu já se foram quase 500 reais...
Mas eu tenho fé de que vai valer a pena: vou cuidar bem da minha saúde bucal e, de quebra, deixar meus dentes lindos.





Depois de limpeza e raspagem, passei duas semanas com borrachinhas entre os 1º e os 2º molares.
A finalidade era de causar um pequeno afastamento para o dentista poder encaixar ali nos 1º molares um anel metálico (em cada um) que servirá para a sustentação do arame do aparelho

HOJE, a borracha foi retirada, os anéis foram colocados e meus lindos dentes brancos receberam os brackets do aparelho!
Mas são só os brackets, com as borrachinhas, pra eu me acostumar com eles na boca.
Só daqui a duas semanas, depois do Natal, é que vou colocar o tal arame...

O processo nem foi dolorido, só demorado, porque o dentista tem que colar um bracket em cada dente - foi mais rápido porque eu só tenho 31 dentes, né? - e ainda tem um aparelhinho que ele usa pra 'massa' que cola o bracket ficar com a cor do dente...

Saí do consultório com um sorriso ligeiramente metálico, com umas borrachinhas amarelas - que ficaram beeeem mais discretas do que eu imaginei que fossem ficar - e uma felicidade incrível, por estar dando seguimento ao meu projeto!

Wednesday, December 05, 2007

Yay!

Ontem, acabou o tratamento.
Chega de roacutan, chega de cravos e espinhas!

Fiquei tão feliz, ontem, ao sair do consultório do dermatologista...
Tava com aquela sensação gostosa de dever cumprido.
E o cara é muito legal, ficou enchendo a minha bola, me dando os parabéns pela atitude corajosa de investir em mim mesmo usando um remédio que a maioria das pessoas ainda considera polêmico!

No fim das contas estou muito satisfeito com o resultado.
Minha pele está um veludo!
Obviamente que não é essas peles de bebê, lisa e linda, afinal, foram mais de 15 anos sofrendo com espinhas, cravos, comedões enormes.
Pra ficar uma bundinha de bebê, ainda tem um longo caminho pela frente, mas já me dou por satisfeito (por enquanto) com o efeito atual: sem espinhas, sem cravos!

Acho engraçado como isso mexe com a nossa auto-estima!
É que espinhas e cravos estão sempre associados - de maneira subconsciente, inclusive - à sujeira, falta de cuidado, o que não é verdade (pelo menos não na maioria dos casos).
A gente se sente sujo.
E as pessoas, de maneira geral, tem um certo nojinho de espinhas e cravos.
Sempre considerei que ter um rosto cheio de espinhas acabava por ser um fator que contribuía para afastar os rapazes de mim.
Tinha dias que me sentia repulsivo, juro!!

O duro é controlar a expectativa de que tudo vai ser melhor daqui pra frente...
Porque é claro que ter uma aparência melhor vai me render frutos, mas eu tenho que me conscientizar sempre de que não serão taaaaaaaaaaantos frutos assim.
E nem que os frutos serão bons!

Mas ando me sentindo muito bem comigo mesmo!

Agora, parte 2 do plano: aparelho nos dentes.

Sunday, December 02, 2007

Momentos finais

Ando num estado de expectativa tão grande que nem consigo dormir. São quase meia-noite, eu tenho que acordar cedo amanhã, mas nãoconsigo relaxar.

É que amanhã eu tenho consulta com o dermatologista e, da última vez que eu fui no consultório, ele disse que provavelmente a próxima consulta - amanhã - seria a última.

Isso significa: NO MORE ROACUTAN.
Mesmo que seja só por alguns anos.
E eu, francamente, fiquei meio sem chão hoje, quando essa ficha caiu.
Porque já estou nesse tratamento há mais de um ano: de setembro de 2006 até esse calorento dezembro, foram 16 meses, com uma interrupção de 5 meses no meio do tratamento. Foram 20 caixas, cada uma com 30 comprimidos de 20mg, o que caracteriza um total de ingestão de 12000mg, ou seja, 12 GRAMAS DE ISOTRETINOÍNA!

A minha pele está longe de ser uma cútis de artista de novela, mas é só por causa dos mais de 10 anos de castigo da acne. Agora, nem sombra de espinha! Nenhuma! ZERO!

Ao mesmo tempo em que fico feliz por me livrar das espinhas, do tratamento e do gasto mensal com remédios, me sinto um pouco perdido, meio sem saber que rumo tomar. E, principalmente, não faço idéia do impacto que essa mudança representa na minha vida.

Tenho conversado com meu psicólogo e vi que eu andava tão concentrado em fazer o tratamento (e, depois, em vencer minha doença e manter meu tratamento) que não percebi o quanto essa simples mundança de imagem externa já fez pelas minhas mudanças de atitude.

Minha cabeça roda e roda e roda, criando cenários em que eu mautomaticamente me dou bem numa paquera só porque não há mais acne na minha cara. Eu sei que isso é um delírio idiota, uma expectativa não-realista. Mas eu realmente comecei a perceber que tenho me sentido tão bem comigo mesmo que tenho efetivamente me dado melhor na arte da paquera. Nem quando eu era mais magro e mais jovem eu tinha tido uma 'aceitação' tão grande no jogo do flerte...

Então, eu tô meio que contando as horas para amanhã...